O Senhor Jesus fundou a Sua igreja…

Na linguagem dos teólogos [evangélicos], Ele a estabeleceu como “agência do Reino de Deus na terra”.

Fundamentalmente não a fundou como uma instituição, mas como um corpo, um organismo vivo e dinâmico, uma fraternidade (uma família de irmãos e irmãs) de discípulos-sacerdotes, capacitados pelo Espirito Santo com habilidades sobrenaturais - chamadas de “dons” (Ef. 4:8) - para representá-lo e estender a sua missão a todos os cantos da terra (I Tm. 2:4): uma missão que comunica justiça, paz, alegria no Espírito (Rm. 14:17) e, sobretudo, amor (1 Cor 12:31; 13:13) - a Deus e ao próximo (Mt. 22:37-39).

A igreja existe, pela ação do Espírito Santo (At. 1:8), para glorificar Jesus (Jo. 16:14) e revelar o amor e a vontade de Deus a todas as pessoas, em todos os lugares, com graça e compaixão.

Glorificar a Deus, proclamar o Evangelho por vida e obras, e fazer discípulos, resumem apropriadamente o sentido de existência da Igreja:

Glorificar a Deus - apesar de isso afetar todas as áreas da vida, quando se pensa em igreja podemos falar de liturgia )o servido do povo de Deus), sacramentos e adoração, e da centralidade de Cristo. Além disso, insere-se aqui a dedicação devocional pessoal a partir de exercícios espirituais específicos (oração, leituras, jejuns, confissão etc). Soli Deo gloria.

Proclamar o Evangelho por palavras e obras - falamos aqui de evangelismo, boas obras, empreendimentos missionários e compromisso com a justiça do Reino de Deus diante de todas as esferas da vida e sociedade. A proclamação ocorre por palavras, sinais sobrenaturais, boas obras, e obras de justiça. Todavia, é essencial manter em mente que Jesus traduz absolutamente toda realidade do Evangelho (Mc. 1:1).

Fazer discípulos - diz respeito ao ensino, formação espiritual e à capacitação de todos os membros da Igreja, para que desempenhem adequadamente suas funções específicas.

(Rm. 12:4) no contexto da igreja e do mundo.


Um ”discípulo” é um aprendiz permanente (mathétes), mas jamais um espectador.

Portanto, a Igreja diz respeito a algo que vai muito além de nossas agremiações religiosas, conveniências sociais (amizades), preferências pessoais e definições parciais. Ela vai além também de nossas hermenêuticas segmentadas. Ela existe para a glória e a revelação de Deus. Nunca foi sobre ela, suas confissões, doutrinas/dogmas, eventos, catecismos/catequeses ou estratégias. Ela existe por causa de Deus, desse Deus que “amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo.3:16)“.

Pelo Evangelho a igreja foi chamada (ekklesia = ek + kalew) a manifestar a sua vocação existencial diante de toda realidade social, cultural e espiritual.

Mas, e nós? Pode surgir a questão.

Nós? Por causa da misericórdia e da graça de Deus, a nós foi permitido sermos inseridos em tão magnífica e sublime realidade. Nós somos os elementos resgatados das trevas para a concretização da realidade e do propósito da igreja.

“…àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, a ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!” (Ef. 3:20,21)


N’Ele. Sempre,




Reverendo Celso Tavares.




Leitura Bíblica: Êxodo 19.5-6

“Vós, porém, sois [...] sacerdócio real [...] afim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz." 1 Pedro 2.9


Desde o início, Deus tem chamado um povo para si, separando-o para a adoração e o serviço. Em Êxodo 19.5-6, o Senhor revela ao povo de Israel sua identidade e propósito ao dizer: "Vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa." Essa convocação, antes dada ao povo no Sinai, encontra sua realização plena na Igreja, formada por aqueles que foram chamados das trevas para a luz em Cristo. Como povo sacerdotal, somos chamados a viver para a glória de Deus, dedicando nossa vida a servi-Lo e proclamar Suas maravilhas.

Ser um povo sacerdotal implica adorar a Deus de maneira constante e verdadeira. A adoração não se restringe a um momento no templo, mas é um estilo de vida. Como sacerdotes do Senhor, nossa responsabilidade é oferecer a Deus sacrifícios espirituais agradáveis, como nos ensina 1 Pedro 2.5. Isso inclui louvor, gratidão, serviço e o testemunho de nossas vidas. Somos adoradores em todas as esferas, tanto em nossos cultos congregacionais quanto em nossas ações cotidianas.

Além de adoradores, somos proclamadores. O sacerdócio do crente é um chamado para anunciar ao mundo quem Deus é e o que Ele fez por nós. Vivemos em uma sociedade que precisa desesperadamente da luz de Cristo, e cabe à Igreja refletir essa luz. Nossa missão é tornar conhecidas as virtudes de Deus — Sua santidade, justiça, graça e misericórdia — para que outros sejam atraídos ao Senhor.

Por fim, como povo sacerdotal, somos chamados à comunhão. Deus não nos salvou para vivermos isolados, mas para sermos um corpo, uma nação santa, um povo unido em amor e propósito. A comunhão não apenas reflete o caráter de Deus, mas também fortalece nossa adoração e proclamação. Juntos, somos convocados a responder ao chamado do Senhor, vivendo como testemunhas fiéis em um mundo que necessita da redenção que só Ele pode oferecer.

O Senhor convoca Sua Igreja a ser um povo adorador, proclamador e unido para Sua glória!



Rev. Felipe Rocha Batista

Reverendo Felipe Rocha é pastor na Igreja Presbiteriana de Vila Natal em São Paulo-SP, parceiro de longa data do Evangelho Inegociável






Contudo, ainda que nós ou mesmo um anjo dos céus vos anuncie um evangelho diferente do que já vos pregamos, seja considerado maldito! (Gálatas 1:8 KJA)




Não me canso (e sinto que não devo me cansar) de falar sobre o atual corrompido cenário evangélico em nosso país e, mais abrangentemente, em todo mundo, pois vejo que nesse quesito se encontra o cerne de todo o pensamento e espiritualidade "cristã" decaído de nossos dias. Onde vivemos tempos em que há inversões de valores e até esquecimento de alguns, decepcionantemente, dentro da própria igreja (instituição), por parte dos próprios "crentes". E isso reflete na própria sociedade. Com uma igreja fraca e imoral, haverá uma sociedade fraca e imoral.

Pois bem, tratando-se do meio evangélico, lugar onde deveria haver referência de conduta ética e moral; base sólida para a sociedade – afinal, somos os filhos do Deus soberano e controlador de tudo; honestidade e tudo quanto mais cabem ao papel social do cristão, notamos e presenciamos uma triste realidade em que tudo isso é esculachado por infiltrações não provindas de Deus. Infiltrações que rebaixam o verdadeiro, puro e simples Evangelho do Reino de Deus, Evangelho do arrependimento como fruto da graça, Evangelho da Cruz de Cristo, Evangelho do "negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me." (Mc 8.34b). Portanto, me cerco a tratar aqui, destas colocações (em negrito) em contrapartida ao cristianismo moderno, mas especificamente, o do Brasil:

Evangelho do Reino de Deus – o Reino de Deus é, a bruto conceito, o controle eterno de Deus sobre as coisas, incitando às criaturas a devoção trinitária e dedicada ao Criador, por Seus atributos sobrepujantes, e nós como agentes apregoadores desse Reino pelo mundo. As demais abordagens que se seguem vêm por consequência desta. O Reino e suas particularidades devem ser seguidos à risca pela igreja (corpo de pessoas salvas) por causa e meio da graça, o que de fato acontece.

Como diria Mark Driscoll: "O Reino é tanto uma viagem como um destino, tanto uma operação de resgate neste mundo quebrado como um resultado perfeito na nova terra por vir; ambos já iniciados e ainda não finalizados."¹ O problema aqui, entretanto, se trata dos ditos "crentes" que, unicamente esnobam este princípio fundamental da vida cristã e se colocam acima de qualquer expectativa de humildade e submissão a Deus. Com seus corações egoístas e antropocêntricos, trocam o Reino pelas paixões desse mundo, seus bens e suas regalias, mas não compreendem o quão valoroso e recompensador é viver como servos desse Rei. Não compreendem a essência de Mateus 6.33.

Evangelho do arrependimento como fruto da graça – Diz respeito à natureza da vida com Cristo, no qual as pessoas agraciadas pelo Pai e convencidas pelo Espírito Santo, entram em constante contrição pelos seus pecados e se voltam a Deus; miram o sacrifício expiatório de Jesus no calvário como refúgio, alegria, certeza e esperança de uma vida salva, perdoada (Lc 24.47). (o puritano Thomas Watson tem um belo tratado sobre o tema, se trata do livro "A Doutrina do Arrependimento", publicado pela editora PES)

Mas até esse ponto básico foi infectado pelo evangelicalismo moderno. O arrependimento simplesmente foi esquecido em nossas igrejas hoje. Nossos púlpitos estão tomados de petições, teologia (heresia) da prosperidade, que não há mais espaço para apenas o foco do Evangelho, o chamado ao arrependimento. Seria cômico se não fosse trágico. Se tratando disto, fico com William Plumer, que diz: "A base da ordem é o fato de que todos os homens, onde quer que estejam, são pecadores. [...]Aquele que se arrepende verdadeiramente sente tristeza por seus pecados."² O triste é ver uma geração de infelizes e iludidos por esse cenário de maravilhas "góspeis" e que não veem em seu coração nada de que se arrependerem.

Evangelho da Cruz de Cristo – A cruz de Cristo é o centro da história da redenção, onde somos justificados (para saber mais sobre a Justificação, veja um texto de autoria própria aqui no Blog), tendo como Cristo o centro do Evangelho. Consequente, lógica e por decreto, essa obra glorifica ao Pai, ao próprio Filho e ao Espírito. Tudo envolve a cruz. Não podemos viver um Evangelho sem a pregação do sacrifício vicário de Jesus. Paulo já advertia que, se qualquer outra coisa seja pregada, que não seja referente a isso, seja anátema (Gl 1.8).

A cruz foi esquecida! A soberba e a necessidade de autopromoção invadiram nosso meio. Parece que nossos méritos estão acima dos méritos de Cristo, quando na verdade, nossa vida não deve ser apresentada como se por obras quiséssemos ser salvos ou alcançar menor mérito que fosse³. Vivemos num campo onde tramoias e barganhas com Deus são tão enfáticas e centralizadas, porém a Cruz de Cristo é só um objeto secundário. Daí me refiro à inversão de valores.

Evangelho do "negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me." (Mc 8.34b) – Uma das partes mais lindas e comoventes do cristianismo, a abnegação. Deus requer de nós entrega total. Exige que pisemos as pegadas de Cristo e assim nos tornemos cada vez mais parecidos com Ele. Claro, tudo isso mediante o agir eficaz do Espírito Santo em nós.

Adivinhe!? A abnegação também foi esquecida/corrompida. Vivemos em um evangelho infantil, de contos de fadas. Evangelho do "seus problemas acabaram" como marketing principal se você for para tal denominação. Não devemos nos apegar ao Senhor devido ao fato de Ele nos abençoar e nos dar uma vida agradável, nos rendemos ao Senhor por Sua pura graça e misericórdia, pois sabemos para onde iremos se não o tivermos como Salvador.

Amados, que nossos corações se quebrem ao ver o estado acabado que nossas igrejas se encontram. Igrejas fracas teologicamente. Igrejas que fundamentam sua espiritualidade em manifestações sobrenaturais (não julgando aqui a honestidade de tais atos) e perdem de seus cultos, as boas e velhas doutrinas da graça. Vamos amar, meus irmãos, a boa prática do Evangelho genuíno.

Não é tão somente uma crítica, mas uma exortação a todos (me incluo), visto que estes pontos são de suma importância para nós e devem ser constantemente tratados em nosso meio, para que não venhamos cair nas armas malignas do diabo que, no entanto, já foi vencido em Cristo.

Que venhamos perseverar em oração, e que lágrimas caiam diante de Deus perante tanta abominação e difamação do nome do Senhor. Que nossa vida cristã seja ativa e que sejamos agentes transformadores em nosso convívio diário, tendo sempre como fortaleza, o Amor e a Paz que excede todo entendimento.

Este é um chamado à luta! Como intitula um belo livro de C. H. Spurgeon: "Preparado para o combate da fé"4.

Deus conosco!

Em Cristo,


Gian de Carvalho



Notas:


1: DRISCOLL, Mark. "O que é o Reino de Deus?" Site Monergismo: http://www.monergismo.com/mark-driscoll/o-que-e-o-reino-de-deus/


2: PLUMER, William. "O que é Arrependimento?" Blog Bereianos: http://bereianos.blogspot.com.br/2010/05/o-que-e-arrependimento.html#.Va33EvlViko


3: LUTERO, Martinho. Pelo Evangelho de Cristo -- São Leopoldo-RS: Editora Sinodal, 1984, p. 298.


4: SPURGEON, Charles Haddon. Preparado para o combate da fé, as armas para o ministério: a igreja, a palavra e o Espírito Santo -- São Paulo, Shedd Publicações, 2005.






O sofrimento é parte constante da vida do homem. Nossa sociedade atual é marcada e expressa em lama e sangue. Guerras, fome, violência urbana e doméstica, doenças, drogas, preconceitos, indiferença, traições, pobreza, prostituição infantil, trabalho escravo. Quem nunca se pegou em certa angústia e tristeza ao assistir um telejornal ou ler um jornal?

O chão do sofrimento, da angústia e da morte nivela a todos que são participantes do meio em que vivemos. Somos diversos em termos étnicos, culturais, religiosos, ideológicos, políticos, além de sermos diferentes nos níveis sociais e econômicos. Mas no sofrimento somos um, todos os seres humanos sofrem.

A vida reserva também coisas boas e belas, como um casamento, o nascimento de uma criança, uma amizade fraterna... O sofrimento tem que ser combatido e controlado, para que não se espalhe e tome conta de tudo ao nosso redor. Assim como a água que precisa ser delimitada para não ocupar todos os lugares, assim também o avanço do mal e do sofrimento devem ser delimitados em nossas vidas.

Como filhos de Deus devemos dar respostas ao sofrimento, mas que respostas será que temos dado?

De todos os lados somos pressionados, mas não desanimados; ficamos perplexos, mas não desesperados; somos perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não destruídos. 2 Coríntios 4:8-9

Paulo afirma também a vivência do ser humano em meio ao sofrimento, e de seus textos podemos aprender as respostas que NÃO devemos dar ao sofrimento.

A primeira delas é a explicação, pois tentar explicar ou debater o sofrimento ou questionar sua justiça não vai resolver o problema do sofrimento humano, pois NADA justifica a morte e o sofrimento de um ser humano, nenhum argumento se valida, nem mesmo o da justiça. Jesus é claro quando ensina aos seus discípulos sobre o “olho por olho”, ensinando que no Reino de Deus devemos amar nossos inimigos e orarmos pelos que nos perseguem. A Cruz de Jesus é o testemunho dos céus que a Graça de Deus é abundantemente superior à justiça dos homens, mostrando que no Reino de Deus o amor triunfa sobre o juízo e o Deus da justiça verdadeira abre mão de exercê-la para assumir todo o dano. As explicações teológicas servem apenas para quem não está sofrendo, pois quem está precisa mesmo é de um abraço, de lágrimas, de compaixão, de colo e de generosidade. A segunda resposta errada que podemos dar é procurar culpados, pois definir culpados é atribuir que alguém por suas ações precisa ser denunciado, indiciado, julgado, condenado e punido. Esse hábito vira um ciclo vicioso, pois o ser humano tem uma grande tendência a terceirizar culpas (governos, grupos específicos, teorias econômicas, religiões, etc). Encontrar um culpado exclusivo é quase sempre tentar se eximir da responsabilidade, pois se nos eximimos da culpa não vamos nos esforçar para arrumar uma solução.

Desespero e fuga também não são boas respostas, pois enquanto a primeira te faz agir de maneira emocional e irracional, a segunda te faz fingir que nada aconteceu, negando o ocorrido, se escondendo, ocultando completamente suas emoções, sendo que tudo o acontece em nossas vidas deve ser vivenciado, solucionado e somente depois deixado para trás.

A blasfêmia também pode ser definida como uma resposta errada ao sofrimentotalvez a pior delas, aonde transferimos para Deus nossas desilusões e perdas, atribuindo a Ele a culpa e consequentemente nossa amargura e raiva. Essa é uma atitude trágica para o ser humano, pois ele elimina a única solução, elevando o nível do problema e do sofrimento. Dar as costas ao Único Deus, ao Único que sabe amar, ser Misericordioso é ser tolo ao não acreditarmos que Ele está nos controle de tudo, nos conduzindo para o caminho que Ele mesmo preparou.

Portanto, não se envergonhe de testemunhar do Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro dele, mas suporte comigo os sofrimentos pelo evangelho, segundo o poder de Deus, que nos salvou e nos chamou com uma santa vocação, não em virtude das nossas obras, mas por causa da sua própria determinação e graça. Esta graça nos foi dada em Cristo Jesus desde os tempos eternos, sendo agora revelada pela manifestação de nosso Salvador, Cristo Jesus. Ele tornou inoperante a morte e trouxe à luz a vida e a imortalidade por meio do evangelho. 2 Timóteo 1:8-10

Logo, Paulo nos ensina quais as respostas adequadas ao sofrimento humano:

Não nos envergonharmos do Evangelho de Cristo: Paulo ensina que a suficiência da cura do homem pertence a Jesus. É o primeiro passo de quem deseja sair do sofrimento, conhecer o Cristo, nosso Salvador, que por nós sofreu e padeceu até a morte, e morte de cruz. Sua Graça foi derramada antes de existirmos, basta apenas agora isso ser revelado aos homens. Jesus tornou inoperante a morte e trouxe à luz a vida e a imortalidade por meio do Evangelho. Tornar inoperante a morte é dar prazo definido para que ela tenha fim, que é a esperança da ressurreição.

Agir em prol dos que sofrem: entendendo que Jesus é o único que pode aliviar o fardo dos homens, Deus coloca em nossas mãos a missão de levar esse amor através da pregação do Evangelho e das atitudes em prol dos que sofrem. Sabemos que esse mundo jaz do maligno, contudo, compete a nós como filhos de Deus manifestar o amor do Pai em favor dos homens. Enquanto estamos na Terra devemos contribuir com nosso tempo, nossa vontade, nosso dinheiro, ou seja, com tudo o que temos. Enquanto ansiamos pela ressurreição buscamos viver nossas vidas em Deus e levarmos essa vida a todos quantos pudermos.

Portanto, visto que os filhos são pessoas de carne e sangue, ele também participou dessa condição humana, para que, por sua morte, derrotasse aquele que tem o poder da morte, isto é, o diabo, e libertasse aqueles que durante toda a vida estiveram escravizados pelo medo da morte. Hebreus 2:14-15

Para finalizar, na carta de Hebreus, a Palavra confirma nossa esperança, afirmando que o Cristo além de tornar inoperante a morte, retirou de nós o medo da morte. A ressurreição anula a morte, trazendo a nós a certeza da vida eterna e a consciência do amor de Deus, sabendo o alto preço que foi pago para que pudéssemos ser livres dessa morte, a saber, o sangue de Jesus.

Que a esperança da ressurreição e a falta de medo da morte que nos foi arrancada por Cristo na cruz, nos tornem mais apaixonados pela vida e pelos que entrando em nossos caminhos, ainda sofrem. Sejamos a resposta ao sofrimento dos homens.

Com o amor de Cristo,

Rafael Câmara Alves










" E fez -lhe oração , e Deus se aplacou para com ele , e ouviu sua súplica ... " ( 2 Crônicas 33.13 )

" Eu me sentia muito indigno " , essas foram as palavras que ouvi numa conversa com um irmão muito amado. Em seu desabafo ele me contou que tinha crescido em um lar cristão , seus pais o havia criado segundo os padrões de Deus , mas conforme foi chegando na sua adolescência , foi conhecendo outras " coisas" , que para ele eram novidades bem convidativas , e nesse meio tempo , acabou se desviando do Caminho.

" Fiz muitas coisas erradas , coisas que eram abominações perante os olhos de Deus ( e eu sabia disso ) , me entreguei a tudo o que era ilícito ,sentia um vazio e nada era capaz de preencher , mexia com ocultismo na busca por respostas rápidas para as minhas frustrações ... ( tudo em vão ) ..."

Quando ele começou a querer mudar o rumo da sua vida e fazer o caminho de volta , ficou apreensivo pensando se Deus o perdoaria de seus pecados . Eu glorifiquei a Deus ao ouvir dele : " No entanto, esse pecador arrependido encontrou a resposta na Palavra de Deus , uma Palavra que me trouxe esperança , foi o relato bíblico sobre Manassés .

Bom, ficamos ali ainda um bom tempo , ele me contou todo o seu testemunho e já quando eu vinha embora estava tão feliz pelo relato do irmão , que aquela Palavra veio sendo ministrada em meu coração de tal maneira, que assim que cheguei em casa fui me aprofundar nessa passagem bíblica , que está registrada em 2 Crônicas 33.1-20 . Se você também se sentiu ou se sente indigno do perdão de Deus por causa de erros cometidos no passado, também pode ser consolado por essa Palavra .

Manassés foi criado numa família que servia a Deus . Seu pai , Ezequias , foi um dos reis mais notáveis de Judá . Manassés nasceu três anos depois de Deus ter prolongado milagrosamente a vida de seu pai ( 2 Reis 20.1-11) . Sem dúvida , Ezequias considerava esse filho como uma benção , resultado da misericórdia de Deus , provavelmente se esforçava para ensinar o filho no temor do SENHOR , o adorando de forma pura . Mas nem sempre os filhos seguem os exemplos dos pais , e foi isso que sucedeu com Manassés .

Ele tinha doze anos quando seu pai morreu , infelizmente , " Ele fez o que era mau aos olhos do SENHOR " ( 2Cr 33-2 ) . Será que o jovem rei foi influenciado por conselheiros que não tinha nenhum respeito pela adoração verdadeira ?
Isso a bíblia não diz . Mas diz que Manassés chegou ao ponto de cometer idolatria e crueldades .

Ele ergueu altares para deuses falsos , ofereceu os próprios filhos em sacrifício , praticou espiritismo e colocou uma imagem esculpida no templo do SENHOR em Jerusalém ," fez muitíssimo mal aos olhos do SENHOR , para o provocar à ira " . Deus falou muitas vezes a Manassés e ao seu povo , porém não deram ouvidos . ( 2Cr 33.10 ).

Foi então que o SENHOR permitiu que Manassés fosse levado cativo para Babilônia , ali ele teve a oportunidade de meditar em tudo o que tinha feito . Será que finalmente ele parou para pensar que seus inúmeros deuses falsos não puderam protegê-lo ? Será que se lembrou de sua infância , dos ensinos de seu pai , um homem temente a Deus?

Seja como for , ele mudou sua atitude : " E ele, angustiado, orou deveras ao SENHOR seu Deus , e humilhou-se muito perante o Deus de seus pais " . O relato diz que" Deus se aplacou para com ele , e ouviu a sua súplica " ( 2Cr 33-12-13) .

Mas será que um homem que havia cometido erros tão graves poderia ser perdoado por Deus ? A resposta é Sim! O SENHOR se comoveu com o arrependimento sincero de Manassés , ele ouviu sua súplica por misericórdia : " e tornou a trazê-lo a Jerusalém , o seu reino ". Então, para provar seu arrependimento , ele pôde corrigir todos os seus erros , tirou da casa do SENHOR todos os deuses estranhos e o ídolo , como também os altares e os lançou para fora da cidade , contudo o povo ainda sacrificava nos altos , mas somente ao SENHOR seu Deus .( 2Cr 33.15-17)

O que eu aprendo aqui ?

Se você se sente indigno , por conta dos erros que foram cometidos no passado , anime-se com esse exemplo . Esse relato faz parte da Palavra inspirada de Deus ( Romanos 15.4) . Isso mostra que Deus está pronto a perdoar ( Salmo 86.5 ) .

O que importa para Ele é a condição do coração do pecador , um coração quebrantado e contrito Ele não desprezará ( Salmo 51.17 ), e o que confessa e deixa , alcança a misericórdia ( Pv 28.13 ) . A pessoa que ora sinceramente arrependida , abandona o erro e se esforça com determinação para fazer o que é correto , esses alcançam a misericórdia de Deus e recebe o seu perdão .

Para nossa meditação .

" Buscai ao SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos , e se converta ao SENHOR, que se compadecerá dele ; torna para o nosso Deus , porque grandioso é em perdoar . " ( Isaías 55.6-7 ) .

Que o SENHOR os abençoe ...

Gisele Fernandes.







Ser pastor é responder ao chamado do Supremo Pastor, o Senhor Jesus Cristo, para ser sua expressão ministerial aos membros da sua igreja para a glória exclusiva de Deus. É ter a consciência de que não tem em si capacidade especial nenhuma para isso a não ser a que for concedida por Deus por meio da operação do Espírito Santo para o exercício desta função.

A missão pastoral não faz sentido se não for para vivê-la em proximidade relacional para o cuidado apropriado das ovelhas do rebanho de Jesus.

Um pastor que reconhece sua vocação como uma realidade espiritual, faz da oração a porta para todas as suas outras disciplinas.

Um pastor que nutre, compartilha a Palavra de Deus e os sacramentos com devoção profunda, a despeito de sua imperfeição pessoal.

Um pastor que cuida, sabe que acolher, orientar, visitar, corrigir, suportar e encorajar as pessoas faz parte fundamental de sua tarefa, a despeito de se tornar impopular, mesmo diante das ovelhas que pastoreia, em circunstâncias específicas.

Um pastor que ensina, reconhece que a base de todo o ensino é a Palavra de Deus, apropriadamente estudada e relevantemente interpretada, e que um ensino saudável não pode faltar à igreja e, por isso, promove meios diversos e gratuitos para que tal ocorra e seja acessível a todos.

Um pastor que prega a Palavra de Deus com a ênfase da revelação do Evangelho centralizado em Jesus, sabe que ela tem o objetivo de alimentar e orientar os passos da igreja, e que ele estará junto da mesma no caminho do aprendizado e do esforço para a melhor aplicação possível de todo o ensino recebido como mensagem de Deus.

Pastoreio não tem a ver necessariamente com título eclesiástico, a não ser que este reflita suas realidades funcionais e não meramente um cargo trabalhista ou uma declaração de poder.

Embora muitos possuam habilidades multifacetadas, o pastor é, em essência, diferente do teólogo profissional e do pregador ou evangelista itinerante. O pastor é um teólogo no sentido em que faz da teologia um instrumento para um melhor pastoreio e uma melhor nutrição de sua comunidade.

O pastor é um pregador no sentido em que faz da sua pregação um momento de exposição da tonalidade profética das Escrituras voltadas para a parte do rebanho de Cristo sob os seus cuidados. O pastor é um evangelista no sentido em que faz da propagação do evangelho – por palavras, gestos e obras – uma maneira de frutificar e multiplicar discípulos de Jesus que são também acolhidos e devidamente equipados para o serviço à igreja e ao mundo a partir do contexto de uma comunidade de fé local.

O pastor, portanto, tem sempre uma conotação muito mais local do que itinerante, a não ser que suas retiradas do contexto local sejam para estender ou fortalecer o pastoreio em alguma outra localidade.

Um pastor sabe bem o peso de uma congregação sobre os seus cuidados e sua responsabilidade. Por isso, não faz de seu ministério um trabalho desleixado ou o que se faz com restos de sua agenda, nem tampouco o utiliza para ser tornar um ufanista embriagado por números ou dinheiro.

Pastor é, como não se pode concluir de outra forma, aquele que tem misericórdia e compaixão pulsando em suas veias muito mais do que os lampejos de um justiceiro com a missão da condenação dos pecadores – ele é, outrossim, instrumento serviçal para salvação e restauração dos que se encontram perdidos e alquebrados. 

Ele é aquele que sabe se identificar e chorar com a dor e o sofrimento das ovelhas de quem cuida. É aquele que em situações de aconselhamentos oferta o ouvido e a empatia antes de qualquer outra habilidade vocal. É aquele que tem a consciência de que o cuidado pessoal de uma ovelha em particular é obra dos bastidores diante do cenário público e, paradoxalmente, também uma obra realizada diante de uma grande plateia na realidade do “auditório” celestial.

O pastoreio é uma jornada... sentida muitas vezes, em sua compreensão humana, como uma jornada existencialmente solitária. Sim, solitária no sentido de que nenhuma outra pessoa pode sentir ou compreender as demandas, as maneiras de responder a elas e às idiossincrasias da função como ele próprio: nem familiares, nem cônjuges, nem amigos, nem outros líderes e nem mesmo os membros de sua comunidade.

É uma jornada por terrenos irregulares e etapas imprevisíveis. Nem sempre com companhias constantes e leais, conquanto, misericordiosamente, não fique também deixado por Deus ao abandono e, vez por outra, receba o acalento de amizades suportadoras.

Pastoreio não é profissão, é uma extra-ordinária vocação. Sua agenda – entendam ou não – é sua própria vida. O pastor o é em todos os momentos e lugares. O pastoreio não é apenas algo que se faz, é um pedaço de quem se é.

O pastor alimenta um rebanho e não um auditório. Pastoreio de auditório é entretenimento – performático e ilusório. O pastor, ao falar a um auditório, o faz com o desejo de revelar o coração do Pai, e não com o presunçoso desejo de agradar, emocionar ou divertir espectadores da religião.

O pastor é um pecador. Ele se trai todas as vezes que tenta se apresentar ou se descrever como um modelo de santidade. Todas as vezes que assim o faz, ele tira a referência de Cristo do centro e coloca a sua imperfeita existência na fomentação de uma expectativa comunitária que jamais será suprida, promovendo potenciais decepções para os outros e para si mesmo. Ele é terminantemente um exemplo de pecador angustiado que, como tantos santos do passado, suspira pela vivência santa para si e para os outros.

O pastor é um guerreiro absolutamente frágil – esta realidade ambígua e irrefutável dos homens que Deus chamou para pastorear o Seu povo em todos os tempos. Ele é sempre corajoso ao ser impelido pelo Espírito e pela Palavra de Deus. Mas ele também convive com o medo ao lidar com o receio da opinião pública e das injustiças de seu próprio povo. Por isso sua alma, como a de outros santos, se deprime de tempos em tempos e se vê em busca de alguma caverna para ocultar-se ainda que provisoriamente. Na verdade, estes parecem ser os momentos em que Deus destroi suas possíveis autoilusões de heroísmo ministerial. Angústias necessárias para mudanças essenciais.

O pastor é um pacificador. Como o seu Senhor, sua referência é não político-partidária, mas o Reino de Deus em sua manifestação absolutamente supracultural de semear justiça e paz a partir de todos os relacionamentos, ambientes e esferas.

O pastor precisa ser em todos os momentos a expressão do coração Paterno de Deus: firme, constante, misericordioso, imparcial e profundamente movido por graça e amor.

O pastor não é um ser arcaico, conquanto pareça que essa sua expressão original seja – na autal sociedade, inclusive religiosa – algo contemporaneamente ameaçado de extinção. Mas o pastor também não pode ser o modernista socialmente e publicitariamente relevante que negocia sua vocação sagrada num processo automatizador de uma fé superficial, caindo numa armadilha virtual, neglienciando o cuidado de ovelhas que berram pelas telas sedutoras e enganadoras de redes sociais.

Enfim, o pastor é este indivíduo genuinamente crente, que creu de tal forma que atirou-se no serviço supostamente abnegado do cuidado do povo que pertence a Deus e deseja desesperadamente fazê-lo da maneira mais leal possível. Se não for assim, não tem pastoreio, nem é tão “crente”.

Reverendo Celso Tavares





GRANDE OFENSA!

Texto-base: Gn 3

 

O primeiro pecado cometido pela raça humana, conhecido como “Pecado Original”, marca o início da maior corrupção já vista na História. Tudo foi corrompido, sem exceção (v. 14-19)! E durante a peregrinação na terra, não há um único ser humano que esteve, esteja ou estará livre dessa corrupção (Rm 3.10-18; 23).

Para resolver tão grande corrupção foi necessário que o Pai Eterno entregasse o próprio Filho para morrer, sem haver este cometido ofensa alguma (2 Co 5.21). Hoje temos redenção no Filho (Cl 1.13-14).

Tínhamos a morte atuando em nosso próprio corpo (Rm 7.24), mas hoje temos Cristo (Rm 7.25)! Mas para alguns o sacrifício do próprio Deus não parece ser atrativo o bastante, ou pior, não parece ter muito sentido.


Será que o simples ato de comer um fruto deveria culminar em tamanho castigo?!

 

O pecado do primeiro casal — e nosso pecado (Rm 5.12) — desafiou não apenas a ordem divina, mas também a toda a pessoa de Deus. Não foi um simples ato de comer um fruto proibido. Foi uma ofensa ao próprio Deus em todos os sentidos!

 

  1. Nós ofendemos a Onisciência de Deus!

 

“Então, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, comeu, e deu a seu marido, e ele também comeu.” (Gn 3.6)

A ordem foi clara: não comam o fruto para que não morram. O único trabalho de Satanás foi colocar uma dúvida: “[..] É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?” (v. 1). Sem pensar muito, eles cedem à tentação.

Uma vez que não conheciam o bem ou mal, Adão e Eva tinham apenas a palavra Daquele a tudo conhece. Mas não foi suficiente. Vemos aqui o primeiro ato de idolatria:

 

Para Eva, a serpente sabia mais.

Para Adão, Eva sabia mais.

 

Que poder ou autoridade nós, seres que vieram do pó, um dia pensamos ter para, por nós mesmos, determinar quem conhece o certo ou errado?

 

Nós caímos em Adão!

Nós desafiamos a Deus como Adão!

 

  1. Nós ofendemos a Onipresença de Deus!

 

“E, ouvindo a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim à tardinha, esconderam-se o homem e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim.” (Gn 3.8)

Após pecarem, a primeira reação foi esconderem-se do Senhor… Ou pelo menos tentar.

A primeira pergunta de Deus a Adão — “[...] Onde estás?” (v.9) — deve ter parecido ao casal que conseguiram de alguma forma fugir, mesmo que por um breve período, da presença do Senhor Deus. Entretanto, a pergunta logo revela o tropeço nas próprias palavras de Adão (v.10,11). Eles pensaram ter se escondido bem Daquele que a tudo vê. Acredite: Seus olhos estavam diante daquele casal quando tudo aconteceu.

Que lugar seria tão escondido ao ponto de fugirmos Daquele que os olhos percorrem toda a terra?

 

Nós caímos em Adão!

Nós fugimos de Deus como Adão!

 

  1. Nós ofendemos a Onipotência de Deus!

 

“Ao que respondeu o homem: A mulher que me deste por companheira deu-me da árvore, e eu comi.” (Gn 3.12)

Sem pensar duas vezes, ou analisar o próprio erro, o homem joga a culpa para a mulher. A mulher, por sua vez, joga a culpa para a serpente, que parece ficar com toda a culpa.

Esse jogo de terceirizações foi, na verdade, uma terceirização ao próprio Deus. Adão culpou a Deus pela mulher que recebeu (v.12). Eva culpou a serpente criada por Deus (v.1). E Satanás usou a própria criação de Deus (Ap 12.9).

Deus, porém, não tem o culpado por inocente! (Na 1.3).

Tudo que Deus criou foi por Ele próprio considerado “muito bom” (Gn 1.31). Mas o que aqueles três pecadores disseram foi: aquilo que o Senhor criou não é tão bom quanto parecia ser. O Senhor errou!

Será que conseguimos perceber a profundidade da miséria que chegamos? Tentamos colocar o Juíz no banco dos réus!

 

Nós caímos em Adão!

Nós desprezamos o poder Deus como Adão!

 

 

O QUE SE CONCLUI?

 

Nós caímos em Adão pois somos sua descendência, herdeiros de sua Queda (Rm 5.12). Entretanto, pecamos como Adão pois todos desobedecemos a Deus, quebrando voluntariamente Sua lei escrita em nosso coração (Rm 1.25; 2.15; Fp 3.19).

Todos fugimos de Deus, andando segundo nosso próprio entendimento (Is 53.6; Rm 1.21; 3.12).

Todos pregamos o Filho de Deus no madeiro (Is 53.5; At 2.23; Rm 5.16b).

A única capacidade que tínhamos era a de lamentar por nossa condição:

 

“Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?” (Rm 7.24)

 

Mas …

 

“Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. [...]”



Autor: Dhaniel Harald




Você sabe que está ficando velho quando se pega contando piadas e repetindo ditados que aprendeu com seus pais. Meus filhos me dizem o tempo todo o quanto gostam dos ditados e frases que eu uso de vez em quando:


“O trabalho dá o que a sorte nega.”

“Trabalho bem começado é meio caminho andado.”

“Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje!”


Um dos meus ditados favoritos, e que a velha geração usa muito, é:


“Melhor prevenir do que remediar.”


Ou seja, um pouco de cuidado proativo no início pode economizar muita dor de cabeça (e provavelmente dinheiro) no longo prazo. Penso que isso é particularmente verdadeiro quando se trata de aconselhamento. Muitas vezes, pensamos em aconselhamento como algo reservado apenas para problemas mais complexos ou crônicos — casamentos à beira do divórcio, casos graves de saúde mental, circunstâncias complicadas envolvendo pais e filhos. Sim, o aconselhamento pode ajudar muito nessas situações, mas também pode ser muito útil nos estágios iniciais de um problema.


O aconselhamento propicia um contexto para você falar e ser ouvido

Às vezes, é bom falar com alguém, e ser ouvido. Em uma cultura dominada por vozes veementes e grandes mensagens, às vezes sua história pessoal de pecado e vergonha, sofrimento e tristeza se perde. Qual foi a última vez que você abriu seu coração com alguém? Qual foi a última vez que você teve a chance de conversar com alguém sobre algo de importância essencial em sua vida? O aconselhamento pode lhe dar essa oportunidade!


O aconselhamento pode ajudá-lo a ver os primeiros sinais de perigo

Já me disseram que o diagnóstico precoce é a chave para resolver muitos problemas de saúde física. Um amigo me disse recentemente que preciso ficar de olho no aumento da minha pressão arterial, pois isso pode ser um indício de problemas cardiovasculares. Acredite — estou levando o conselho dele muito a sério. Da mesma forma, o aconselhamento pode nos ajudar a processar e receber orientação bíblica e verdade sobre certos problemas antes que eles se tornem esmagadores ou passem a dominar todas as áreas da nossa vida.

Você está lutando com ansiedade de baixo nível todos os dias? Está preso em uma rotina de trabalho e lutando para encontrar significado e propósito? Por que não procurar um conselheiro sábio para ajudá-lo a lidar com esses problemas?


O aconselhamento pode identificar pontos cegos

Por meio da conversa, em que você fala e é ouvido, o aconselhamento também pode ajudá-lo a identificar aqueles pontos cegos incômodos que existem em sua vida. O que você enxerga como um relacionamento difícil pode, na verdade, ser o efeito de uma mágoa ou trauma que ficou de um relacionamento anterior. Um persistente sentimento de solidão pode estar ligado a inseguranças sobre ser rejeitado ou abandonado por amigos e entes queridos. A má notícia sobre os pontos cegos é que eles podem causar acidentes graves, se você os ignorar. A boa notícia sobre os pontos cegos é que um acidente pode ser evitado se estivermos cientes deles.


O aconselhamento pode ajudá-lo a conectar as verdades das Escrituras com os problemas da vida

O que acontece na sala de aconselhamento? Acho que você ficaria surpreso se soubesse o quanto o aconselhamento é realmente simples e direto. Conversamos uns com os outros com sinceridade, de coração aberto, e depois procuramos fazer a conexão entre essas circunstâncias importantes e a verdade de quem Cristo é e à esperança que a Bíblia nos oferece. Na Bíblia, vemos claramente quem nós somos de verdade — pecadores e sofredores que precisam da graça e misericórdia de Deus.

Considerando tudo o que foi dito, faça uma pausa e pense por um momento. Existe algo acontecendo em sua vida em que um aconselhamento bíblico sólido poderia ser útil? Existe alguém em sua vida agora com quem você está envolvido em uma situação complicada e precisa de ajuda para lidar? Invista na prevenção agora — considere a possibilidade de procurar ajuda.

Texto original: Before It Breaks: The Value of Early Counseling Traduzido e publicado no site Cruciforme com permissão.

Fonte: CRUCIFORME
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