A Bíblia é a Inerrante Palavra de Deus


Texto Bíblico:- 2 Timóteo 3: 10 – 17

INTRODUÇÃO

Afirmou Thomas Browne que a Bíblia Sagrada, além de ser a Palavra de Deus, é a mais sublime obra literária já produzida. Somos constrangidos a concordar com Browne. Tudo nela é singular: estilo, correção, graça e proposta. Sua singularidade, porém, acha-se no fato de ela ser a Palavra de Deus. Que outro livro pode fazer semelhante reivindicação? Embora produzida no contexto histórico e cultural judaico, ninguém haverá de negar-lhe a universalidade. É o único livro contemporâneo de toda a humanidade; sua mensagem não se perde com o tempo.

Nesta lição, estudaremos a Bíblia não propriamente como obra literária; estudá-la-emos como a Palavra de Deus. Se assim não a acolhermos, de nada nos adiantará exaltar-lhe as qualidades artísticas. Foi-nos ela entregue, a fim de que reconheçamos a Deus como o Ser Supremo por excelência e a seu Filho Unigênito como o nosso Salvador.

I – O QUE É A BIBLIA

Neste tópico, veremos o que é a Bíblia Sagrada. Em primeiro lugar, buscaremos uma definição etimológica à palavra Bíblia. Em seguida, constataremos o que pensam os liberais, os neo-ortodoxos e os teologicamente conservadores acerca das Sagradas Escrituras.

1. Definição etimológica. Originária do grego, a palavra Bíblia significa livros ou coleção de pequenos livros. Atribui-se a João Crisóstomo a disseminação desse vocábulo.

2. Posição liberal. Os teólogos liberais, contaminados por um racionalismo incrédulo e pernicioso, não reconhecem a Bíblia como a Palavra de Deus. Perdendo-se em especulações, asseveram que ela apenas a contém. Infelizmente, muitos desses mestres e doutores têm-se infiltrado em seminários dantes conservadores e vêm, de maneira sutil,
desviando os alunos da verdade.

3. Posição neo-ortodoxa. Reagindo contra o liberalismo teológico, ensinam os neo-ortodoxos que a Bíblia torna-se a Palavra de Deus à medida que alguém, ao lê-la. tem um encontro experimental com o Senhor. Apesar das aparências, tal posicionamento fere a santíssima fé.

(Jd v.20). A Bíblia não se torna a Palavra a Deus; ela é a Palavra de Deus. 

Portanto, erram aqueles que afirmam: “A Bíblia fechada é um simples livro; aberta, é a boca de Deus falando”. Nada mais errado; aberta ou fechada, a Bíblia é a Palavra de Deus inspirada e inerrante.

4. Posição ortodoxa. Os ortodoxos afirmamos que a Bíblia é a Palavra de Deus. Dessa forma, colocamo-la no lugar em que ela tem de estar: como a nossa suprema e inquestionável árbitra em matéria de fé e prática. Se a Bíblia o diz, é a nossa obrigação obedecê-la sem quaisquer questionamentos. Ela é soberana!

II – A INERRÂNCIA DA BÍBLIA
A melhor maneira de se compreender uma doutrina é buscar-lhe uma definição adequada. Sua conceituação, a partir daí, torna-se mais fácil e não pecará pela falta de clareza e objetividade. Vejamos, pois, de que forma haveremos de definir a doutrina da inerrância bíblica.

1. Definição etimológica. A palavra inerrância vem do vocábulo latino inerrância e significa, literalmente, qualidade daquilo que não tem erro.

2. Definição teológica. A inerrância bíblica é a doutrina, segundo a qual as Sagradas Escrituras não contêm quaisquer erros por serem a inspirada, infalível e completa Palavra de Deus (Sl 119.140). A Bíblia é inerrante tanto nas informações que nos transmite como nos propósitos que expõe e nas reivindicações que apresenta.

Sua inerrância é plena e absoluta. Isenta de erros doutrinários, culturais e científicos, inspira-nos ela confiança plena em seu conteúdo (Sl 19.7).

III – A INERRÂNCIA BÍBLICA

Uma mudança notável da terminologia que resultou dos debates na área da inspiração das Escrituras foi a preferência pelo termo “inerrância” ao invés de “infalibilidade”. Isso tem a ver com a insistência de alguns no sentido de que podemos ter uma mensagem infalível com um texto bíblico errante.

“Infalibilidade” e “inerrância” são termos empregados para se aludir à veracidade das Escrituras. A Bíblia não falha; não erra; é a verdade em tudo quanto afirma (Mt 5.17,18; Jo 10.35). Embora tais termos nem sempre hajam sido empregados, os teólogos católicos, os reformadores protestantes, os evangélicos da atualidade (e, portanto, os pentecostais “clássicos”), têm afirmado ser a Bíblia inteiramente a verdade; nenhuma falsidade ou mentira lhe pode ser atribuída.

Clemente de Roma, Clemente de Alexandria, Gregório Nazianso, Justino, o Mártir, Irineu, Tertuliano, Origenes, Ambrósio, Jerônimo, Agostinho, Martinho Lutero, João Calvino, e um número incontável de outros gigantes da história da Igreja, reconhecem que a Bíblia foi, de fato, inspirada por Deus, e que é inteiramente a verdade. Preste atenção à afirmação enfática de alguns destes notáveis:

Agostinho: “Creio com toda a firmeza que os autores sagrados estavam totalmente isentos de erros”.

Martinho Lutero: “As Escrituras nunca erram”…. onde as Sagradas Escrituras estabelecem algo
que deve ser crido, ali não devemos desviar-nos de suas palavras”.

João Calvino: “O registro seguro e infalível”. “A regra certa e inerrante”. “A Palavra infalível de
Deus”. “Isenta de toda mancha ou defeito”.

Provavelmente, os dois acontecimentos mais significativos no tocante à doutrina da infalibilidade e da inerrância foram a declaração sobre as Escrituras na Afiança de Lausanne (1974) e a Declaração de Chicago (1978) do Concílio Internacional da Inerrância Bíblica.

A declaração de Lausanne oferece (segundo alguns) flexibilidade em demasia ao afirmar que a Bíblia é inerrante em tudo quanto afirma. (Isto é: pode haver coisas que não foram “afirmadas” na Bíblia.) Como resposta, a Declaração de Chicago afirmou: “A Escritura na sua inteireza é inerrante, e está livre de toda a falsidade, fraude ou logro, Negamos que a infalibilidade e inerrância da Bíblia limitam-se aos temas espirituais, religiosos ou redentores, excluindo-se as asseverações nos campos da história e das ciências.”

A Declaração de Chicago foi adotada por uma convenção de quase trezentos estudiosos no seu esforço para esclarecer e fortalecer a posição evangélica a respeito da doutrina da inerrância. Consiste em dezenove Artigos de Afirmação e de Negação, e tem uma prolongada exposição final, que se propõe a descrever e explicar a inerrância de tal modo que não deixa nenhuma possibilidade de existir nenhum tipo de erro em qualquer parte da Bíblia.

Embora seja possível questionar se a inerrância é ensinada de modo dedutível nas Escrituras, conclui-se que o exame indutivo das Escrituras foi ensinado por Jesus e pelos escritores bíblicos.

Deve ficar claro, porém, que a autoridade da Bíblia depende da veracidade da inspiração, e não da doutrina de inerrância Esta é uma inferência natural que segue a inspiração e é “tirada dos ensinos bíblicos, e tem o pleno apoio da atitude do próprio Jesus” Alguns têm sugerido que abrir mão da doutrina da inerrância é o primeiro passo para se abrir mão da autoridade da Bíblia.

A inerrância reconhece contradições, ou inconsistências, no texto, não como erros propriamente ditos, mas como dificuldades que poderão ser resolvidas ao serem conhecidos todos os seus dados relevantes. A possibilidade de se harmonizar trechos aparentemente contraditórios vem sendo demonstrada freqüentemente pelos estudiosos evangélicos que têm dedicado tempo e paciência, revendo dificuldades textuais à luz das novas descobertas históricas, arqueológicas e lingüísticas. (Devemos, no entanto, evitar harmonizações forçadas ou altamente especulativas).

A doutrina da inerrância é derivada mais da própria natureza da Bíblia do que de um mero
exame dos seus fenômenos. “Se alguém crê que a Escritura é a Palavra de Deus, não pode deixar de crer que seja ela inerrante” Deus “soprou” as palavras que foram escritas, e Deus não pode mentir. A Escritura não falha porque Deus não pode mentir. Conseqüentemente, a inerrância é a qualidade que se espera da Escritura inspirada, O crítico que insiste em haver erros na Bíblia (em algumas passagens difíceis) parece ter outorgado para si mesmo a infalibilidade que negou às Escrituras.

Um padrão passível de erros não oferece nenhuma medida segura da verdade e do erro. O resultado de negar a inerrância é a perda de uma Bíblia fidedigna. Se for admitida a existência de algum erro nas Sagradas Escrituras, estaremos alijando a veracidade divina, fazendo a certeza
desaparecer.

IV – A DEFINIÇÃO DE INERRÂNCIA

Embora os termos “infalibilidade” e “inerrância” tenham sido, historicamente, quase que sinônimos do ponto de vista da doutrina cristã, muitos evangélicos têm preferido ora um termo, ora outro. Alguns preferem “inerrância” para se distinguirem dos que sustentam poder a “infalibilidade” referir-se à veracidade da mensagem da Bíblia, sem necessariamente indicar que a Bíblia não contém erros.

Outros preferem “infalibilidade” a fim de evitar possíveis mal-entendimentos em virtude de uma definição demasiadamente limitada da “inerrância”. Atualmente, o termo “inerrância” parece estar mais em voga que “infalibilidade”. A série de declarações que se segue, portanto, é uma tentativa de se delimitar a definição de inerrância verbal que teria ampla aceitação na comunidade evangélica.

1. A verdade de Deus é expressada com exatidão, e sem quaisquer erros, nas próprias palavras da Escritura ao serem usadas na construção de frases inteligíveis.

2. A verdade de Deus é expressada com exatidão através de todas as palavras da totalidade da Escritura, e não meramente através das palavras de conteúdo religioso ou teológico.

3. A verdade de Deus é expressada de modo inerrante somente nos autógrafos (escritos originais), e de modo indireto,
nos apógrafos (cópias dos escritos originais).

4. A inerrância dá lugar à “linguagem de aparência”, aproximações e várias descrições não contraditórias, feitas a partir de perspectivas diferentes. (Por exemplo, dizer que o sol se levanta não é um erro, mas uma descrição perceptiva e reconhecida.)

5 A inerrância reconhece o uso de linguagem simbólica e figurada e uma variedade de formas literárias para se transmitir a verdade.

6. A inerrância entende que as citações no Novo Testamento de declarações do Antigo Testamento podem ser paráfrases, sem a intenção de serem traduções literais.

7. A inerrância considera válidos os métodos culturais e históricos de se relatar coisas tais como genealogias, medidas e estatísticas ao invés de exigir os métodos de precisão da moderna tecnologia. Esperamos que, com base nessas declarações, poderemos construir um conceito de inerrância que evite os extremos, sem deixar de levar em conta o testemunho que a própria Escritura oferece no tocante à sua própria exatidão e veracidade. Mesmo assim, nossas tentativas de definir a inerrância não são inerrantes em si mesmas. Por isso, embora nos esforcemos para influenciar os outros para que aceitem a doutrina da inerrância, seria bom respeitarmos o conselho sábio e amoroso do acatado defensor da doutrina da inerrância, Kenneth Kantzer:

“Os evangélicos conservadores, principalmente, devem ser mui cuidadosos e evitar a confrontação direta com o erudito, ou seminarista hesitante, que se sente perturbado por problemas no texto bíblico, ou por algumas das conotações comuns à palavra inerrante”.

Semelhantemente, deve-se compreender que “a inerrância bíblica não subentende que a ortodoxia evangélica se segue como conseqüência necessária da aceitação dessa doutrina”. Deve se seguir a interpretação correta e a verdadeira dedicação espiritual.

V – A INFALIBILIDADE DA BIBLIA

Ao tratar da infalibilidade da Palavra de Deus, ousadamente expressou-se Cari F. Henry: “Há
apenas uma única coisa realmente inevitável: é necessário que as Escrituras se cumpram”. O que isto significa? Simplesmente, que a Bíblia é infalível.

1. O que é a infalibilidade. É a qualidade, ou virtude, do que é infalível; é algo que jamais poderá falhar.

2. Definição teológica. Doutrina que ensina ser a Bíblia infalível em tudo o que diz. Eis porque a Palavra de Deus pode ser assim considerada:

1) Suas promessas são rigorosamente observadas;

2) Suas profecias cumprem-se de forma detalhada e clara (haja vista as Setenta Semanas de Daniel);

3) O Plano de Salvação é executado apesar das oposições satânicas. Nenhuma de suas palavras jamais caiu, nem cairá, por terra.

3. A Bíblia dá testemunho de sua infalibilidade. Leia com atenção as seguintes passagens: Dt 18.22; Dn 9.2; Mt 1.22; Mc 13.31; At 1.3.

VI – A INSPIRAÇÃO E A AUTORIDADE DAS ESCRITURAS

2 Tm 3.16,17 = “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir para corrigir para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra.”

O termo “Escritura”, conforme se encontra em 2 Tm 3.16, refere-se principalmente aos escritos do AT (3.15). Há evidências, porém, de que escritos do NT já eram considerados Escritura divinamente inspirada por volta do período em que Paulo escreveu 2 Tm (1 Tm 5.18, cita Lc 10.7; 2 P 3 15 16).  Para nós, hoje, a Escritura refere-se aos escritos divinamente inspirados tanto do AT quanto do NT, i.e., a Bíblia. São (os escritos) a mensagem original de Deus para a humanidade, e o único testemunho infalível da graça salvífica de Deus para todas as pessoas.

(1) Paulo afirma que toda a Escritura é inspirada por Deus. A palavra “inspirada” (gr. theopneustos) provém de duas palavras gregas: Theos, que significa “Deus”, e pneuo, que significa “respirar”. Sendo assim, “inspirado” significa “respirado por Deus”. Toda a Escritura, portanto, é respirada por Deus; é a própria vida e Palavra de Deus. A Bíblia, nas palavras dos seus manuscritos originais, não contém erro; sendo absolutamente verdadeira, fidedigna e infalível. Esta verdade permanece inabalável, não somente quando a Bíblia trata da salvação, dos valores éticos e da moral, como também está isenta de erro em tudo aquilo que ela trata, inclusive a história e o cosmos (cf. 2 Pe 1.20,21; note também a atitude do salmista para com as Escrituras no Sl ll9).

(2) Os escritores do AT estavam conscientes de que o que disseram ao povo e o que escreveram é a Palavra de Deus (ver Dt 18.18; 2 Sm 23.2; Repetidamente os profetas iniciavam suas mensagens com a expressão: “Assim diz o Senhor”.

(3) Jesus também ensinou que a Escritura é a inspirada Palavra de Deus até em seus mínimos detalhes (Mt 5.18). Afirmou, também, que tudo quanto Ele disse foi recebido da parte do Pai e é verdadeiro (Jo 5.19,30,31; 7.16; 8.26).Ele falou da revelação divina ainda futura (i.e., á verdade revelada do restante do NT), da parte do Espírito Santo através dos apóstolos (Jo 16.13; cf. 14.16,17; 15.26,27).

(4) Negar a inspiração plenária das Sagradas Escrituras, portanto, é desprezar o testemunho
fundamental de Jesus Cristo (Mt 5.18; = 15.3-6; = Lc 16.17; = 24.25-27,44;45; = J0 10.35), do Espírito Santo (Jo 15.26; = 16.13; =1 Co 2.12-13; = 1 Tm 4.1) e dos apóstolos (3.16; 2 Pe 1.20,21). Além disso, limitar ou descartar a sua inerrância é depreciar sua autoridade divina.

(5) Na sua ação de inspirar os escritores pelo seu Espírito, Deus, sem violar a personalidade deles, agiu neles de tal maneira que escreveram sem erro =(3.16; = 2 Pe 1.20,21; ver 1 Co 2.12,13 notas).

(6) A inspirada Palavra de Deus é a expressão da sabedoria e do caráter de Deus e pode, portanto, transmitir sabedoria e vida espiritual através da fé em Cristo (Mt 4.4; =Jo 6.63; = 2 Tm 3.15; = 1 Pe 2.2).

(7) As Sagradas Escrituras são o testemunho infalível e verdadeiro de Deus, na sua atividade salvífica a favor da humanidade, em Cristo Jesus. Por isso, as Escrituras são incomparáveis, eternamente completas e incomparavelmente obrigatórias. Nenhuma palavra de homens ou declarações de instituições religiosas igualam-se à autoridade delas.

(8) Qualquer doutrina, comentário, interpretação, explicação e tradição deve ser julgado e validado pelas palavras e mensagem das Sagradas Escrituras (ver Dt 13.3 nota; ).

(9) As Sagradas Escrituras como a Palavra de Deus devem ser recebidas, cridas e obedecidas como a autoridade suprema em todas as coisas pertencentes à vida e à piedade (Mt 5 17 19 = Jo14.21; = 15.10; = 2 Tm 3.15,16; ver Ex 20.3 nota). Na igreja, a Bíblia deve ser a autoridade final em todas as questões de ensino, de repreensão, de correção, de doutrina e de instrução na justiça(2 Tm 3.16,17). Ninguém pode submeter-se ao senhorio de Cristo sem estar submisso a Deus e à sua Palavra como a autoridade máxima (Jo 8.31,32,37).

(10) Só podemos entender devidamente a Bíblia se estivermos em harmonia com o Espírito Santo. É Ele quem abre as nossas mentes para compreendermos o seu sentido, e quem dá testemunho em nosso interior da sua autoridade (ver 1 Co 2.12 nota;).

(11) Devemos nos firmar na inspirada Palavra de Deus para vencer o poder do pecado, de Satanás e do mundo em nossas vidas (Mt 4.4; = Ef 6.12,17; = Tg 1.21).

(12) Todos na igreja devem amar, estimar e proteger as Escrituras como um tesouro, tendo- as como a única verdade de Deus para um mundo perdido e moribundo. Devemos manter puras as suas doutrinas, observando fielmente os seus ensinos, proclamando a sua mensagem salvífica, confiando-as a homens fiéis, e defendendo-as contra todos que procuram destruir ou distorcer suas verdades eternas (ver Fp 1.16; 2 Tm 1.13,14 notas; 2.2; Jd 3). Ninguém tem autoridade de acrescentar ou subtrair qualquer coisa da Escritura (ver Dt 4.2 nota; Ap 22.19).

VII – A SUPREMACIA DA BÍBLIA EM MATÉRIA DE FÉ E PRÁTICA

“A autoridade da Bíblia não provém da capacidade de seus autores humanos, mas do caráter de seu Autor”. Foi o que afirmou J. Blanchard. Ora, se a autoridade da Bíblia é absoluta, como haveremos de questioná-la? 

Vejamos, em primeiro lugar, o que é a autoridade.

1. Definição etimológica. Oriunda do vocábulo latino auto- rita tem, esta palavra significa: Direito absoluto e inquestionável de se fazer obedecer, de dar ordens, de estabelecer decretos e, de acordo com estes, tomar decisões e agir a fim de que cada decreto seja rigorosamente observado.

2. Definição teológica. Poder absoluto e inquestionável reivindicado, demonstrado e sustentado pela Bíblia em matéria de fé e prática. Tal autoridade advém-lhe do fato de ela ser a inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus.

3. Testemunho da Bíblia a respeito de sua autoridade. Leia as seguintes passagens: = Is 8.20; = 30.21; = 1 Co 14.37.

IX – O TESTEMUNHO DA CIÊNCIA

A Ciência é definida como “um conjunto de leis e princípios obtidos através de observações e repetidas experimentações”. Ela não baseia seus argumentos em hipóteses, teorias ou idéias não confirmadas. Os grandes cientistas, Prouste Lavoisier afirmaram certa feita que “na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”. Essa declaração fortalece o fato de que por trás de toda a criação, está a ação da mente superior e criadora do Deus da Bíblia.

O relato bíblico sobre a Criação em Gênesis 1, recebe o apoio da Ciência, pois, a despeito da tentativa de alguns em desmenti-la, ninguém e nada têm conseguido apresentar alguma teoria secular ao relato bíblico. A Bíblia declara em Isaías que a terra é redonda (Is 40.22) e que o nosso planeta está suspenso sobre o vazio no ar (Jó 26.7) e a Ciência concorda com estas declarações. A Bíblia de modo singular, afirma que o Universo foi criado do nada pelo poder de Deus (Gn 1.1). As leis do Universo refletem vontade e a sabedoria de Deus, pois tudo quanto foi criado obedece ao Criador Eterno(Mt 8.27).

CONCLUSÃO

Como filhos de Deus, não podemos afastar-nos jamais das Sagradas Escrituras; destas, todos dependemos vitalmente. Quanto mais as lermos, mais íntimos seremos de seu Autor. Tem você lido regularmente a Bíblia? Tem-na estudado todos os dias? Se você realmente deseja um avivamento, comece a ler com redobrado fervor o Livro dos livros. Sem a Bíblia não pode haver avivamento.



Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus – MS 4° Trimestre 2008 – Tema: 9º Lição – A INERRÂNCIA DA BÍBLIA Teologia Sistemática Stanley M. Horton Bíblia de Estudo Pentecostal ano 1995 Bíblia de Estudo Genebra 1999 Lição Biblica CPAD ano 2006