Grande Ofensa





GRANDE OFENSA!

Texto-base: Gn 3

 

O primeiro pecado cometido pela raça humana, conhecido como “Pecado Original”, marca o início da maior corrupção já vista na História. Tudo foi corrompido, sem exceção (v. 14-19)! E durante a peregrinação na terra, não há um único ser humano que esteve, esteja ou estará livre dessa corrupção (Rm 3.10-18; 23).

Para resolver tão grande corrupção foi necessário que o Pai Eterno entregasse o próprio Filho para morrer, sem haver este cometido ofensa alguma (2 Co 5.21). Hoje temos redenção no Filho (Cl 1.13-14).

Tínhamos a morte atuando em nosso próprio corpo (Rm 7.24), mas hoje temos Cristo (Rm 7.25)! Mas para alguns o sacrifício do próprio Deus não parece ser atrativo o bastante, ou pior, não parece ter muito sentido.


Será que o simples ato de comer um fruto deveria culminar em tamanho castigo?!

 

O pecado do primeiro casal — e nosso pecado (Rm 5.12) — desafiou não apenas a ordem divina, mas também a toda a pessoa de Deus. Não foi um simples ato de comer um fruto proibido. Foi uma ofensa ao próprio Deus em todos os sentidos!

 

  1. Nós ofendemos a Onisciência de Deus!

 

“Então, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, comeu, e deu a seu marido, e ele também comeu.” (Gn 3.6)

A ordem foi clara: não comam o fruto para que não morram. O único trabalho de Satanás foi colocar uma dúvida: “[..] É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?” (v. 1). Sem pensar muito, eles cedem à tentação.

Uma vez que não conheciam o bem ou mal, Adão e Eva tinham apenas a palavra Daquele a tudo conhece. Mas não foi suficiente. Vemos aqui o primeiro ato de idolatria:

 

Para Eva, a serpente sabia mais.

Para Adão, Eva sabia mais.

 

Que poder ou autoridade nós, seres que vieram do pó, um dia pensamos ter para, por nós mesmos, determinar quem conhece o certo ou errado?

 

Nós caímos em Adão!

Nós desafiamos a Deus como Adão!

 

  1. Nós ofendemos a Onipresença de Deus!

 

“E, ouvindo a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim à tardinha, esconderam-se o homem e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim.” (Gn 3.8)

Após pecarem, a primeira reação foi esconderem-se do Senhor… Ou pelo menos tentar.

A primeira pergunta de Deus a Adão — “[...] Onde estás?” (v.9) — deve ter parecido ao casal que conseguiram de alguma forma fugir, mesmo que por um breve período, da presença do Senhor Deus. Entretanto, a pergunta logo revela o tropeço nas próprias palavras de Adão (v.10,11). Eles pensaram ter se escondido bem Daquele que a tudo vê. Acredite: Seus olhos estavam diante daquele casal quando tudo aconteceu.

Que lugar seria tão escondido ao ponto de fugirmos Daquele que os olhos percorrem toda a terra?

 

Nós caímos em Adão!

Nós fugimos de Deus como Adão!

 

  1. Nós ofendemos a Onipotência de Deus!

 

“Ao que respondeu o homem: A mulher que me deste por companheira deu-me da árvore, e eu comi.” (Gn 3.12)

Sem pensar duas vezes, ou analisar o próprio erro, o homem joga a culpa para a mulher. A mulher, por sua vez, joga a culpa para a serpente, que parece ficar com toda a culpa.

Esse jogo de terceirizações foi, na verdade, uma terceirização ao próprio Deus. Adão culpou a Deus pela mulher que recebeu (v.12). Eva culpou a serpente criada por Deus (v.1). E Satanás usou a própria criação de Deus (Ap 12.9).

Deus, porém, não tem o culpado por inocente! (Na 1.3).

Tudo que Deus criou foi por Ele próprio considerado “muito bom” (Gn 1.31). Mas o que aqueles três pecadores disseram foi: aquilo que o Senhor criou não é tão bom quanto parecia ser. O Senhor errou!

Será que conseguimos perceber a profundidade da miséria que chegamos? Tentamos colocar o Juíz no banco dos réus!

 

Nós caímos em Adão!

Nós desprezamos o poder Deus como Adão!

 

 

O QUE SE CONCLUI?

 

Nós caímos em Adão pois somos sua descendência, herdeiros de sua Queda (Rm 5.12). Entretanto, pecamos como Adão pois todos desobedecemos a Deus, quebrando voluntariamente Sua lei escrita em nosso coração (Rm 1.25; 2.15; Fp 3.19).

Todos fugimos de Deus, andando segundo nosso próprio entendimento (Is 53.6; Rm 1.21; 3.12).

Todos pregamos o Filho de Deus no madeiro (Is 53.5; At 2.23; Rm 5.16b).

A única capacidade que tínhamos era a de lamentar por nossa condição:

 

“Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?” (Rm 7.24)

 

Mas …

 

“Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. [...]”



Autor: Dhaniel Harald