Muitos
questionam a confessionalidade nas igrejas que herdaram a teologia reformada, relegando
isso como se fosse uma prática não bíblica, na verdade há um engano sério, doutrinário
e histórico.
Há
um significado importante na prática confessional no culto. O povo de Deus está
debaixo de uma aliança com Yhaweh. Essa aliança nas Escrituras é demonstrada e
reiterada em várias administrações. Em cada administração era lembrado o que
Deus havia feito na história do seu povo, na história da salvação.
O
povo de Deus era incentivado pelo próprio Deus a lembrar dos atos poderosos de
Deus, a contar aos filhos e as próximas gerações o que Deus havia feito em
favor do seu povo. O povo confessava esses atos poderosos e prezava pela perpetuação
memorial no ato da transmissão oral as novas gerações.
É
mostrado nas Escrituras alguns tipos de confissão. Podemos apontar quatro.
1.
A confissão pública de fé no Salvador e Senhor Jesus (Rm 10.8- 11), cujo ato
público é demonstrado no sacramento do batismo;
2.
A confissão pessoal dos pecados do crente (1 Jo 1. 9);
3.
A confissão coletiva dos pecados do povo de Deus e da nação ( Dn 9.4-19);
4.
A confissão de fé, o credo da Igreja (1 Co 15.3, 4; 11. 23-26).
Ser
confessional é ser bíblico. A prática confessional da Igreja está em seu DNA,
confessando nossa fé no Salvador como testemunho ao mundo, isso é claramente
mostrado no batismo como sinal visível do pacto e isso é estendido a toda
família da aliança.
Confessamos
nossa fé no ensino do Salvador revelado no Antigo e Novo Testamento. Confessamos
a doutrina bíblica como ensinado nas Escrituras. Confessamos visivelmente e não
verbalmente apenas nossa fé, através do sacramento da ceia (Mt 26.26-29).
Confessamos
nossos pecados como reconhecimento do testemunho de Cristo, nosso Senhor, que
nos garante perdão (1 Jo 1.9). A Igreja de Cristo é confessional.
Por
tudo que foi dito, não podemos negar a prática histórica dos símbolos de fé e
da confessionalidade da Igreja em toda história.
Os
Credos e Confissões nos legam essa confissão doutrinária, isso é um tesouro
para a igreja reformada. Mas, não devemos esquecer que a confissão doutrinal
deve ser acompanhada da confissão dos pecados e do testemunho como nova criação
que é a Igreja (2 Co 5.17).
A
Igreja deve ser confessante. A Igreja, melhor dizendo, é confessante. Isso deve
estar presente em seu ato cúltico, particular, familiar e público.
A
Igreja de Cristo é confessional.
Autor:
Rev. Thomas Magnum